Uma história infantil que pode ser apreciada só por crianças não é uma boa história infantil”. Quem fez essa afirmação foi o escritor C.S. Lewis, autor de “O leão, a feiticeira e o guarda-roupa”, clássico pretensamente “infantil” que atravessa gerações. Se as músicas também podem contar histórias, o que dizer das aproximações entre aquelas ditas “para adultos” e as rotuladas “para crianças”? Garatujas sonoras que são lugares onde tudo pode acontecer: jacaré que come milho, peixe que fica em pé, sapo que fica careca e lua que anda de bicicleta.
Feito um pai que observa a cena de um bebê brincando com a caixa de papelão, e não com o que veio dentro dela, não cansamos de nos surpreender com o que parece óbvio: a criança tem interesse naquelas coisas que não seriam, a princípio, um brinquedo, mas tornam-se um. A música é uma delas.
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